O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e o Sebrae fizeram uma parceria para oferecer crédito com condições exclusivas e capacitação técnica gratuita a mulheres empreendedoras em Minas Gerais. A iniciativa foi pensada para comemorar o mês das mulheres: até 31 de março, micro e pequenas empresárias no Estado terão acesso a financiamentos com taxa de 0,45% ao mês + Selic, com 48 meses para pagar, sendo 12 deles de carência.
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e o Sebrae fizeram uma parceria para oferecer crédito com condições exclusivas e capacitação técnica gratuita a mulheres empreendedoras em Minas Gerais. A iniciativa foi pensada para comemorar o mês das mulheres: até 31 de março, micro e pequenas empresárias no Estado terão acesso a financiamentos com taxa de 0,45% ao mês + Selic, com 48 meses para pagar, sendo 12 deles de carência.
Segundo o Sebrae, as mulheres empreendedoras são responsáveis por 40% dos pequenos negócios do Estado. Em 2024, o BDMG liberou R$ 70 milhões dentro das linhas específicas para mulheres, crescimento de 23% no comparativo com o ano anterior. O total de clientes atendidas também foi 20% maior, superando 1.000 empreendedoras. Juntas, elas contribuíram para injetar R$ 80 milhões na economia mineira em 2024. Comércio e Serviços foram os setores que mais demandaram financiamentos, em todas as regiões de Minas.
“Reconhecer as potencialidades das empreendedoras e contribuir para que tenham condições para alavancar seus projetos são compromissos que o BDMG segue à risca o ano todo. Aliar crédito e capacitação é uma forma de apoiar as empresárias a ampliarem os negócios e é uma iniciativa que pode ser decisiva em um mercado competitivo”, afirma o presidente do BDMG, Gabriel Viégas Neto.
Capacitação
Ao captar o crédito em março e participar da iniciativa, elas entrarão para um programa de acompanhamento contínuo do Sebrae. Durante a capacitação com especialistas do Sebrae, as empresárias terão a oportunidade de fazer um diagnóstico de gestão financeira e receber orientações sobre como inovar, otimizar custos de produtividade, entre outras questões.
“As mulheres empreendedoras têm um papel fundamental na geração de emprego e renda e no fortalecimento da economia loca”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva. “Sabemos que elas ainda enfrentam desafios na obtenção de crédito. Por isso, a parceria entre o BDMG e o Sebrae é essencial para ampliar o acesso das mulheres a financiamentos e, ainda, oferecer capacitação em gestão financeira, gerando oportunidade de crescimento e expansão de seus negócios”, diz.
Durante o acompanhamento do Sebrae, elas poderão escolher entre três módulos. Dois deles, focados em finanças e produtividade, são totalmente gratuitos. Já o Sebraetec, que oferece serviços tecnológicos como identidade visual e desenvolvimento de mídias digitais para empresas, será 70% custeado pela parceria BDMG/Sebrae.
Financiamento ajudou empreendedora a crescer
Quem já buscou crédito ao menos três vezes para crescer o próprio negócio foi a nutricionista Izabela Freire, 44, que comanda a Total Free Alimentos, em Belo Horizonte, empresa especializada em produtos para pessoas com restrição alimentar ou dietas específicas. Ela conta que, ao lado da sócia Neuza Mota, já recorreu ao BDMG três vezes: para expandir a empresa, para capital de giro e compra de equipamentos e, mais recente, para investir no site. “Tínhamos o sonho de estar em várias cidades e, hoje, isso já é uma realidade”, conta. Com melhorias na empresa viabilizadas pelos créditos, além de parcerias com transportadoras (para alcançar clientes mais longe), em um ano, elas dobraram o faturamento.
A empresa nasceu há quase dez anos, depois de Izabela descobrir que a filha, Manuela, era alérgica à proteína do leite e ter dificuldades para encontrar produtos que a menina pudesse consumir. Diante da pouca oferta, ela enxergou uma oportunidade de negócio e se dedicou a criar um cardápio. “Na época, não se falava muito dessa questão de alergia alimentar, tudo era muito novo”, lembra. “Aí eu pensei: tantas pessoas devem também ter esse mesmo problema e não têm o que comer. Vou desenvolver produtos para esse público. E aí eu chamei uma amiga da nossa família para ser minha sócia e a gente começou a desenvolver essas receitas”, relata.
Izabela começou com cerca de dez produtos, e agora são mais de 50, como coxinhas, bolinhos, pizzas, salgadinhos variados, doces, pães, tudo pensado para celíacos, alérgicos a leite, veganos, entre outras restrições alimentares. “São alimentos que as pessoas têm vontade de comer e não podem. Então, a gente tenta fazer um produto mais parecido com o normal para poder satisfazer a vontade das pessoas em comer aquelas coisas gostosas”, explica.
Em dez anos, a empresa, que começou apenas com as duas sócias, cresceu com ajuda dos financiamentos e da visão empreendedora das sócias. Hoje conta com cinco funcionários diretos e vários indiretos. Atualmente, os produtos feitos por Izabela e Neuza já conquistam clientes nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, em venda direta ou via lojas parceiras.
Crédito direcionado
O BDMG oferece produtos diferenciados com foco na igualdade de gênero durante todo o ano. Como critério, é necessário que a empresa tenha participação societária feminina igual ou superior a 50% do capital social há mais de seis meses. Como o financiamento é contratado todo por via digital, está acessível para todo o Estado para investir, comprar equipamentos, aumentar capital de giro, equilibrar o fluxo de caixa, reorganizar dívidas.
Com informações de O Tempo
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